quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mais de 200 pessoas cadastradas


Centenas de pessoas fizeram, hoje, o cadastro para doadores de medula óssea, durante ação da Rádio Guaíba, em Porto Alegre. O evento contou com a participação do padrinho da campanha, o médico Jorge Neumann.

Confira, abaixo i link da reportagem:

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Amor Bandido


Bares sórdidos, pensões decrépitas, antros cheios de canalhas. O submundo da cidade, qualquer cidade, é o cenário perfeito para todos os que se afogam no trago e na paixão, não necessariamente nessa ordem.
E esse foi o tema do SARAU ELÉTRICO edição AMOR BANDIDO, que aconteceu na terça-feira, 07, no Ocidente, e contou com a grande presença do cantor e compositor paulista Renato Godá nas leituras e na canja. Mais as contribuições dilaceradas de três corações sobreviventes, Cláudio Moreno, Claudia Tajes e Katia Suman.
Godá, leu textos do amigo e escritor, Xico Sá. E em uma das leituras a interpretação dele foi algo indescritível, O BELO STRIP AO CONTRÁRIO . Recomendo ler o texto e o blog desse magnífico escritor. E, sobretudo ouvir o novo disco de Renato Godá - "Canções para embalar Marujos" Sensacional.

Na canja musical, os músicos Arthur de Faria (acordeon), Paulo Inchauspe (baixo) e Pezão (bateria) acompanharam Renato Godá nessa noite.

Confere abaixo no link as músicas ;)



sábado, 4 de dezembro de 2010

Um outro olhar: os trabalhadores da Feira do Livro


É eu sei que a Feira do Livro já passou, mas só agora tive a oportunidade de mostrar para vocês, para quem não ouviu no programa Guaíba Revista, no dia 12/11, o boletim especial da Feira do Livro, realizado na Oficina jornalismo da Rádio Guaíba.

Quem são as pessoas que fazem a Feira do Livro acontecer e ninguém vê? Ao buscar a resposta para esta pergunta, eu encontrei histórias emocionantes.

Conheci o Carlinhos, uma pessoa imprescindível na feira e que está há quase 30 anos, conheci o Bruno, grande figura e o braço direito do Carlinhos e do Eduardo (engenheiro responsável pela infraestrutura há 12 anos) e a Cléa, a voz da Feira. Uma pessoa maravilhosa e simpática. Conversei com seguranças, o pessoal da infraestrutura, o pessoal do setor de autógrafos, de informações, o pessoal da limpeza e organização, enfim, muita gente. Mas como o tempo do boletim é muito curto, três trabalhadores fizeram parte desse boletim.

A feira começa um mês antes para aqueles que trabalham montando, pregando, colando.enfim..É uma correria ,durante a feira também, para mantê-la em ordem e em segurança. E para garantir o sucesso desse evento, centenas de pessoas trabalham, dia e noite.

Confere aí, no link abaixo, o resultado desse trabalho ;)


Almoço por R$ 1,00

Foto: Emmanuel Denauí

Desde 2005, Porto Alegre possui um Restaurante Popular, que é administrado pelo Estado e pelo Centro Social e Cultural Evangélico Bethel de Pelotas. E há três anos, existe o Prato Popular, Sistema Coca-Cola Brasil, mantido com os recursos administrados pela empresa Vonpar Alimentos, em parceria com a Puras Refeições. E ambos servem o almoço por apenas R$ 1,00.

Segundo a chefe de divisão da Secretaria da Justiça e Desenvolvimento Social (SJDS), Simone Matos dos Reis, mais de mil refeições são servidas diariamente no Restaurante Popular, através do programa Restaurantes Populares, implantados nos municípios com mais de 100 mil habitantes, por meio de cooperação entre o Governo Federal, o Distrito Federal e os governos locais.

Conforme a supervisora do Restaurante Prato Popular, Ângela Oliveira, chegam a fornecer por diariamente cerca de 330 refeições. “Como o restaurante é voltado ao público mais carente, moradores de rua, aposentados, crianças de rua, muitas vezes essa é a única refeição que eles têm no dia. A realidade é triste”, conta. Por trabalhar desde o início da implantação do restaurante, Oliveira fala que conhece a maioria dos freqüentadores e que muitas vezes eles não possuem todo o dinheiro para pagar a refeição. “ Às vezes eles não têm R$ 1,00 para pagar, mas acabamos deixando passar. Sabemos que o dinheiro deles é contado”, destaca Oliveira. Ela conta que o cardápio diário é sempre variado. “Sempre servimos arroz, feijão, um acompanhamento, carne, salada e um copo de coca-cola” explica Ângela Oliveira.

Já para a Nutricionista do Restaurante Popular de Porto Alegre, Etiene Rewell, o cardápio não é muito variado, porém é uma refeição balanceada. “Infelizmente não temos muita variedade, pois não temos muitas condições. Servimos sempre o arroz e o feijão, além de um complemento, que pode ser uma batata ou um outro legume, carne e uma salada. Às vezes não conseguimos colocar legumes todos os dias ” explica Rewell.

Diariamente a aposentada Maria do Carmo Medeiros, 73 anos, almoça no Restaurante Popular por opção e diz que. “ Por R$ 1,00 a comida é muito boa, mas bem que poderiam melhorar mais a carne, ter mais variedade.

A nutricionista ressalta que não possuem nenhum tipo de doação e que a meta é ter parceiros, como empresas e ou instituições. Segundo Rewel, a ideia é oferecer a refeição por um preço baixo e não simplesmente dar. Desta forma eles voltam a ter um papel ativo na sociedade. “Muitos vêm aqui e acham muito legal poderem pagar um almoço para um amigo. O foco do restaurante é atender as pessoas que estão a beira da sociedade, mas muitos são trabalhadores e por opção almoçam aqui”, afirma a nutricionista.

O guardador de carros da Rua Albeto Bins, Renato Alexandre da Silva, 43anos, salienta que o restaurante podia abrir aos sábados e domingos. “Seria muito bom se abrissem no final de semana e se dessem café da manhã e janta” opina Silva.

Os RP's, como são conhecidos, procuram atender prioritariamente, a trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, idosos e populações em risco social dos centros e periferias urbanas. Prestam importante serviço público para promoção do direito humano à alimentação adequada dos trabalhadores.

O total dos recursos gastos pelo Estado e pela entidade gestora somam em torno de três mil e 800 reais ao mês.

  • Restaurante Popular de Porto Alegre

End.: Rua da Conceição, nº165 – Castelo Branco

Bairro: Centro- Porto Alegre

Horário: 2ª a 6ª feira, das 11h às 14h

Preço: R$ 1,00


  • Prato Popular Restaurante Comunitário RS- Vonpar

End.: Av. Polônia com Rua Santos Dumont

Bairro: Navegantes, Porto Alegre

Horário: 2ª a 6ª feira, das 11h30 às 13h30

Preço: R$ 1,00

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Modificações com o vento...


Eu sei que tudo mudou

Também sei que o vento mudou

Sei que as escolhas são minhas

Também sei que tudo que eu fiz foi por força minha

Eu sei que o vento que passou não irá voltar, pq ele passa somente uma vez

Eu também sei que o que eu vivi não irá mais voltar, muito menos irá se repetir pq é somente uma vez.

Também sei que as experiências são benéficas sejam elas boas ou más, mas são benéficas.

Eu sei..Eu sei...

Eu sei que as escolhas que eu fiz foram por que eu quis e outras por que eu não fiz

É ,eu sei...mas não sei nada do que eu queria saber

Algumas explicações eu procuro em mim e as encontro, mas outras, não...

É, eu sei que muitas situações acontecem sem eu perceber, assim, simplesmente

Também sei que algumas situações aconteceram e tomaram uma proporção que eu nem imaginava..

É, eu sei..mas não sei nada do que eu queria saber....

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Experimentar o invisível


A minha alma me ensinou a tocar

aquilo que não se fez carne;

a minha alma me revelou

que qualquer coisa que tocamos

faz parte do nosso desejo.

Mas hoje os pensamentos se transformaram

em neblina

que se difunde no universo visível

e se confudem

com o invisível.


(GIBRAN, K. My Soul Preached to Me. Thoughts and Meditations,p. 18, in Parole non dette. Torino: Paoline, 1991)

" Tô te confundindo pra te esclarecer"

foto: Uriel Gonçalves


- Quem aqui gosta que o namorado aperte a sua bochecha?
Por favor, a bochecha não, a bunda!

- Eu sempre quis usar um gesso no braço.
Alguém aqui já quebrou um braço ou uma perna e usou gesso?

- Tem coisa mais legal que engessar um braço e depois
ir
para o colégio e os colegas todos escreverem nele?
Ser o cara popular e as meninas encherem o gesso de 'coraçõeszinhos',
escreverem versinhos e deixarem recadinhos. Quem não quis isso? Eu quis!

Com esses questionamentos o escritor, professor, poeta e jornalista, Fabrício Carpinejar iniciou o seu bate-papo com o público que estava presente no estande da Caixa Econômica Federal, na tarde desta quarta-feira, (03/11).

Diante dos olhos atentos e interrogativos das pessoas para aquele homem de unhas pintadas de verde musgo (somente em uma das mãos), óculos azul que lembram ao do Homem Mosca, personagem do cinema norte-americano da década de 20 do século passado, Carpinejar indagou em voz alta ao público presente as questões mencionadas na abertura do texto. E assim a conversa prosseguia enquanto os que passavam próximo do escritor, chegavam de mansinho para prestar atenção nas suas palavras e no modo irreverente e verdadeiro que ele interpretava o cotidiano através de suas crônicas. As risadas eram frequentes, pois o óbvio é o cotidiano e que ninguém arrisca dizer como ele realmente é. No entanto, o autor Fabrício Carpinejar fala e com muito firmeza e convicção.

Para a professora Nanci Mantovani, 47 anos, as crônicas do autor são muito pontuais. "Gosto muito das crônicas dele. Leio muito no jornal, porém ainda não tive a oportunidade de comprar os livros. Vou ver se aqui na feira eu compro", ressalta Mantovani com os olhos atentos ao escritor.

Conforme Carpinejar, o amor tem que ser mais direto possível, na forma de falar e de sentir. "É no amor que vamos enxugar as nossas lágrimas, com as mangas da camisa, quando choramos e ouvimos Amado Batista", enfatiza o autor ao falar que amor não é brega.

Fabrício trabalhou como repórter no jornal VS, em São Leopoldo, e como assessor de imprensa da Unisinos. Quando questionado sobre as vivências e experiências no jornalismo ele responde: "O jornalismo fez eu ter mais curiosidade, sobretudo a ter persistência e não me contentar com somente uma perspectiva", enfatiza Carpinejar.

O autor de 37 anos é filho de pais também poetas, Carlos Nejar e Maria Carpi. Eles deram origem ao seu sobrenome artístico do escritor, que resultou da união de seus sobrenomes, ao lançar o primeiro livro, 'As Solas do Sol', em 1998, e assinar Carpinejar.

Diante de tanto sucesso e quase nenhuma brecha em sua agenda, o escritor que atualiza os três blogues e ministra aulas no curso de Formação de Músicos e Produtores de Rock, na Unisinos, - será que ainda sobra tempo para ler? - "Claro, leio e muito, e estou lendo agora Um erro emocional de Cristovão Tezza" - responde o jornalista.

Escritor de 16 livros lançados em pouco mais de uma década de carreira literária, Fabrício coleciona quase duas dezenas de prêmios, com destaque para o Açorianos de Literatura por Um Terno de Pássaros ao Sul, em 2001, o Prêmio Nacional Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, por Biografia de uma Árvore, em 2002, e o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, na categoria Contos e Crônicas, por Canalha, em 2009.

Carpinejar é seguido na sua página do twitter por mais de 70 mil internautas, e nela dispara frases curtas e diretas de interpretação ímpar sobre fatos do cotidiano. Parte dessas reflexões, de até 140 caracteres, estão publicadas no livro www.twitter.com/carpinejar, em 2009.

Nos dias 11, 12 e 13 o escritor vai ministrar a oficina "Amar é..." Sempre às 19 horas, na Biblioteca do Centro Cultural CEEE Érico Verísssimo (CCCEV).

domingo, 17 de outubro de 2010

Tudo acontece pela sintonia

Tudo acontece pela sintonia. Pela forma de falar, olhar, sentir, enfim é marcada pela sinergia. Nem o tempo, nem a distância, o tempo que durar, nunca irá se apagar. Pode sim esmorecer, acalmar, mas esquecer não. Se for verdadeiro, se for forte, sincero, transparente, compreensível, tudo supera. Podemos nos falar pouco às vezes, mas sabemos o que sentimos um pelo outro. Não escondemos. Falamos na cara, somos verdadeiros e sinceros. Sem frescuras, sem melindres, sem soberba ou até mesmo vergonha. Sim, uma amizade verdadeira tem dessas coisas, ou melhor, tem muita mais que isso. Tem verdade no sentimento, nas palavras, no olhar, nos cuidados, no companheirismo, na admiração, na liberdade, na responsabilidade, enfim, é bem extenso o que uma amizade real pode trazer e o que ela pode carregar. Assim, escolhemos.

Sempre que nos encontramos relembramos o dia em que nos foi concedido aquele início de amizade , no entanto, tento buscar algo na memória. Tento lembrar como tudo começou, me esforço para recordar como foi a aproximação, mas não lembro. Quando fui ver ele já estava na minha vida dando palpites. ehheh. Acho que até foi por isso que não lembro, pois ele já estava tão presente que não foi preciso de um momento para ressaltar a sua presença na minha vida.

A sintonia já foi maior, mas hoje quando nos vemos, nos ligamos ou nos falamos frente a frente, ela vibra, é, não como antes, sobretudo não foi perdida. Sempre me lembro das suas risadas e dos seus sarcasmos. Fizemos e presenciamos várias situações. Muitas experiências. Várias lembranças boas e outras nem tanto, - que ele adora lembrar- mas o tempo que ficamos nos vendo todos os dias foi uma experiência muito boa e que recordamos quando a nostalgia bate a nossa porta. Escrevo isso, por que tudo tem o seu tempo. A sua chegada e a sua partida.

Lembranças de um passado tão recente, mas tão longe, ou seja, não volta mais. Tudo que fizemos naquela época foi o momento que tinhámos que fazer. Todas as vontades, os sonhos plantados, as verdades e mentiras ditas, as omissões e as realizações no agora. Nem tudo que planejamos ainda aconteceu, mas algumas delas sim! Fico feliz e muito por isso, mas sei que ainda temos uma longa caminhada pela frente. Ainda iremos fazer aquelas viagens e rir muito do que se passou. Ops, as risadas, nossa esse é o nosso diferencial. Somos o que somos hoje pelas nossas escolhas. Sim, definitivamente! Somos jovens ainda e temos muito o que conquistar e galgar. O contato não é como antes, mas o que vibrou naquele tempo e o que sinto hoje é o fruto de uma experiência valiosa e que muito aprendemos. Objetivos diferentes e muitas coisas em comum.

No caminho sempre teremos escolhas a fazer e assim determiná-las.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Simple Minds simplesmente demais

Totalmente dançante estava o show do Simple Minds no domingo, 22, no Teatro do Bourbon Country. Dançar, cantar junto e curtir ao máximo o show desta banda escocesa que embalou os anos 80 e 90 foi incrível. A apresentação de uma hora e meia embalou o público com 15 músicas que incluiu os principais sucessos. Da formação original estavam Jim Kerr (vocal), Charlie Burchill (guitarra) e Mel Gaynor (bateria), e acompanhando a banda desde o começo desta década, o baixista Eddie Duffy e o tecladista Andy Gillespie, além da incrível backing vocal Sarah Brown.
Kerr ,muito simpático e carismático, sacudiu a plateia. O concerto abriu com Sanctify Yourself de 85, do álbum Once Upon a Time e durante a apresentação tocaram vários hits. A interação de Kerr com a galera, obviamente, colocou todos para dançar e vibrar com as músicas Mandela Day (89), Someone Somewhere in the Summertime (82) e a fantástica Don’t You (85) que encerrou a primeira parte do show. E você pode estar se perguntando: E Alive and Kicking (85) não tocaram? Claro que sim, e deixaram esse gostinho para o final, ou seja, o teatro veio abaixo cantando junto, pois todos aguardavam aquele momento, assim como eu!A sensação foi incrível de olhar a banda a centímetros de distância, de estar vibrando, cantando junto e pulando. Só não toquei na mão do Kerr, por que preferi ficar um pouco mais atrás para olhar a banda melhor. :P
Segue abaixo o set list: Foto Fábio Codevilla

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Portinari na Coleção Castro Maya no MARGS



Domingo fui no MARGS par ver "Portinari na Coleção Castro Maya". É a primeira grande exposição do artista em Porto Alegre que traz uma seleção de pinturas, desenhos e gravuras realizadas entre 1938 e 1958, além de ilustrações de livros e documentos. A coleção de obras que compõe a mostra raramente deixa o Museu da Chácara do Céu, uma das unidades dos Museus Castro Maya, no Rio de Janeiro, detentor do maior acervo público de Portinari.

A mostra enfoca a obra de Cândido Portinari pelo viés da amizade tecida entre ele e o mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya. São cerca de 50 trabalhos selecionados pela curadora Anna Paola Baptista. Entre eles destacam-se O sonho, Lavadeiras, A barca, O sapateiro de Brodósqui e uma série de desenhos sobre Dom Quixote. O menino do papagaio, um óleo sobre tela de 1954, que pertence ao acervo do MARGS, integra a exposição (foto acima).

Aproveitem, é muito legal a exposição! Faz muito bem para a mente! Ah, e recomendo tomar um cafezinho depois, é um complemento muito bom para qualquer dia da semana e faz bem para o corpo !!

Serviço: de 10 de Julho de 2010 a 29 de Agosto de 2010 em Porto Alegre

sábado, 7 de agosto de 2010

Jorge Drexler abre o festival de inverno de Porto Alegre


Bom, o show foi dia 25/07 (sábado) e só estou escrevendo agora. Como estou organizando o meu tempo, logo tudo na minha vida vai ter o tempo certo e a vontade precisa para escrever neste blog.

No dia 21 enfrentei uma fila às 7h30 na Usina do Gasômetro, e com uma temperatura de 6°graus, somente para vê-lo.
Uma coisa posso dizer e que não me arrependo, porém só retardei a minha ida: Não fui a Buenos Aires para ver Jorge Drexler. Sim, é, eu sei, fiz uma loucura. A minha vontade naquele momento era tanta de ver o Drexler cantando e tocando que deixei Bs As para setembro. NÃO ME ARREPENDI!

As luzes se apagaram às 21h13 no Teatro do Bourbon Coutry. O público, até então, bem falante, silenciou. Jorge Drexler subiu ao palco e já expressava o carinho que tem pela capital: " Muito obrigado por existir". Drexler era só simpatia. Sorrindo o tempo todo, fazendo brincadeiras com o público, ou seja, estava totalmente à vontade. E eu como estava? totalmente absorta e sem piscar os olhos. Sorrindo sozinha. Aquele momento, aquela noite e ouvindo Drexler para mim era extremamente importante.
O espetáculo integou a turnê do seu mais novo trabalho lançado neste ano" Amar la Trama". A banda estava magnifícia: composta por sete integrantes- entre naipe de metais, percussões, bateria, baixo e também instrumentos menos usuais, como o theremin e o serrote. A primeira música "Transporte", assim como "La Nieve en la Bola de Nieve", "Tres mil millones de latidos", "Las transeuntes", " Donde Fluir", "Aquiles" e "Mi guitarra y Vos", na qual pediu ( com muita simpatia ) para não atrapalhá-lo com palmas, pois a música tinha muitos travalínguas, estava tudo sensacional. Os arranjos, as melodias e principalmente os naipes de metais estavam lindos. Já tinham passado quase duas horas de show, e no bis, Drexler, com o violão e sozinho, canta “Soledad”. Todos eufóricos e com a plateia aplaudindo de pé, um dos maiores hits “Sea” encerra o espetáculo. Todo perfecto!!

Outro momento incrível: Vitor Ramil sobe ao palco, no bis, para interpretar "Astronauta Lírico", canção do disco "Satolep Sambatown", lançado pelo compositor pelotense em 2007. LINDÍSSIMO! Sem explicação. Eu amo não só a melodia, como a letra, a poesia, o som, a voz, os instrumentos e o tudo que a música me faz sentir e como ela me "toca". E esse show ela me tocou muito e teve um grande significado para mim! A música voltou e eu também!

Quem gosta de música assista!Não irá se arrepender, tenho certeza!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quando Você Não Está Por Perto

Eu quero ficar nu diante dos seus olhos
Falar bem perto do seu ouvido
Decifrar tua alma e os gemidos
Temos tempo pra viver
Quero descobrir o amor de novo
Encontrar em alguém o que eu procuro
Livrar o amor do escuro
E destruir o muro
Que cerca meu coração


Vai ser bom pra mim
Ficar só é tão ruim
Vai ser bom pra mim
Ficar só é tão ruim

A vida me sorriu, permitiu você nascer
Estrela pra dar sorte
Por tudo o que a gente fez
É pura tua luz, teu rosto, teu olhar
Quando você está longe
A mim só resta lembrar

Quando você não está por perto
Meu mundo é um deserto no frio


Frejat

domingo, 18 de julho de 2010

Smile


Sorria,
Embora seu coração esteja doendo
Sorria,
Mesmo que ele esteja partido
Se há nuvens no céu
Você vai dar um jeito

Se você sorrir
Com seu medo e tristeza
Sorria, e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas...

Ilumine seu rosto com alegria
Esconda todo rastro de tristeza
Embora uma lágrima possa estar tão próxima
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria,
Pra que serve o choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas

Sorria
Embora seu coração esteja doendo
Sorria,
Mesmo que ele esteja partido
Se há nuvens no céu
Você vai dar um jeito

Se você sorrir
Com seu medo e tristeza
Sorria, e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas sorrir

Essa é a hora
Que você tem que continuar tentando
Sorria,
Pra que serve o choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas sorrir

Michel Jacson

http://www.youtube.com/watch?v=yqT2BKURG2s

terça-feira, 13 de julho de 2010

Relações

Novamente o Jorginho me mandando os seus e-mails :


Relações

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca, hoje, é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher - ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, pouco romântica por sinal...
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração.Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.


É apenas um companheiro de viagem.


O homem é um animal que vai mudando o mundo e, depois, tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo, o egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado, visa a aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
por Flávio Gikovate

sábado, 19 de junho de 2010

Medo de.....


Recebi por e-mail essa crônica do meu amigo Jorge, ela é do (queridíssimo) Carpinejar e pensei em deixá-la registrada aqui. Na medida em que vamos lendo é uma mistura de "sim", de risos e um "é verdade"...Enfim, quem nunca sentiu medo de muitas coisas e a principal delas: de se apaixonar, levante a mão....



Medo de se apaixonar

Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas.

Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer.


Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza.

Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado.


Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz.

Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira.


Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele.

Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito.


Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.

Você tem medo de já estar apaixonada(o) ?

Por: Fabrício Carpinejar

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Da Argentina para o Museu do Internacional


É distribuindo simpatia e de fala rápida que a Administradora de Empresas, com ênfase em Marketing, e também Artista Plástica, Mariana Paula Maier Rutenberg interrompe a sua rotina de trabalho para contar um pouco da sua trajetória. Aos 35 anos de idade, casada com o cientista da computação Walter Hermann, ela gerencia o recém inaugurado Museu do Sport Club Internacional. Conquista que ela ressalta como uma experiência valiosa e de grande realização profissional.
Nascida na capital argentina, Buenos Aires, veio para o Brasil, com os seus pais, aos 12 anos. “Meu pai é um empreendedor de negócios internacionais e inicialmente viríamos para Florianópolis, mas como a cidade era muito pequena na época para questões de negócios, ele decidiu vir para Porto Alegre”, recorda.
Quando chegou à capital gaúcha teve, dificuldades de aceitação em algumas escolas por não saber falar português. No ensino fundamental estudou no antigo colégio IPA e, no ensino médio, no Pastor Dohms. Mariana reconhece que foi difícil a transição de um país para o outro devido à língua e à nova cultura, mas que foi se adaptando aos poucos. “Aqui no Brasil os estudos e os valores são bem diferentes. Quando eu estudava na Argentina, por exemplo, era feio a gente não saber uma lição e, quando eu cheguei aqui no Brasil, era o inverso, era feio ser CDF, (aluno que se dedica muito aos estudos) ou seja, havia uma inversão de valores. Na Argentina era importante ser o melhor aluno da classe. Foi um choque para mim”, lembra.
Desde criança, Mariana conta que as artes e a cultura sempre estiveram presentes na sua vida. Na escola os seus desenhos eram reconhecidos e participava de um grupo que era liberado para a confecção do cenário para os dias pátrios. A artista plástica lembra que gostaria de ter feito uma faculdade de Design, mas como na época não havia esse curso específico optou por fazer artes plásticas. Apesar da correria do dia a dia, contudo, não deixa de lado a “Mariana artista” como ela mesma fala, possui um atelier onde confecciona algumas peças e produtos.

O Museu

O Museu do Sport Club Internacional foi inaugurado no dia 6 de abril e hoje possui uma grande procura não pela sua parte histórica, mas também pela sua tecnologia. Mariana participou da criação e do desenvolvimento do projeto do museu. “Poucas pessoas tem essa oportunidade de participar de um projeto como este. Pra mim foi e é espetacular, não tem preço. Uma experiência rara e é poder aplicar e aperfeiçoar todas as questões que eu estudei”, relata. Gerenciando o Museu do Inter, ela confessa que faz o que mais gosta. “Hoje eu posso dizer que uni as minhas duas paixões, a administração e as artes visuais. Eu já tinha interesse na área de Museologia e foi aí que tudo começou. Conheci a diretora do Museu, fazendo umas cadeiras em conjunto no curso. Ela conheceu uma parte do meu trabalho e começamos a conversar. Trabalhar no Museu para mim é uma grande realização profissional”, enfatiza
Mariana se define como uma pessoa com muito entusiasmo e uma pessoa que acredita e se cobra muito para que tudo aconteça. “Quando eu abraço uma proposta dou o melhor de mim. Não economizo. Tem uma música do Fito Paez que ele fala que “dar és dar”. A gente tem que se doar plenamente”, ressalta.

A Paixão

Neta de alemães e italianos e com influência de sua avó e da sua mãe, a artista plástica revela que a sua grande paixão é a culinária. “Adoro livros de culinária, cozinhar para amigos, provar coisas novas, temperos e misturas inusitadas. A minha avó e minha mãe sempre cozinhavam muito bem e veio delas essa influência pela cozinha. A minha mãe preparava reuniões, com entradas, com a preocupação do vinho, de aromas e sabores”, lembra.
Das lembranças de sua infância, Mariana conta que viajava muito. E uma das características de seus pais eram colocar os filhos no carro e sair para viajar. Ela conta que já visitou muitos lugares, mas um lugar que recomenda é Bariloche no verão. Uma pessoa muito eclética em questão de música, porém Mariana gosta de músicas que digam algo mais, ou seja, que tenham letras significativas. “ Tem um cantor argentino, Diego Torres, que tem uma música que gosto muito da letra. “Saber que se puede querer que se pueda, quitarse los miedos sacarlos afuera.” acho que é a minha cara , salienta.
Conhecer lugares novos na capital, explorar os bairros que não conhece e até visitar uma padaria nova, por exemplo, são coisas que ela gosta de fazer nas horas de folga. “Fico chateada com algumas pessoas que falam que não tem nada para se fazer em Porto Alegre. Aqui tem muitas coisas para se fazer e conhecer. Visitar lugares como cafés, museus, fazer um passeio de barco, enfim, tem tantas coisas. Às vezes queremos conhecer o mundo, mas não conhecemos o nosso próprio quintal, desabafa. E nessas suas caminhadas pela capital gaúcha, Mariana tem a companhia de sua cadela, da raça Show Show,a Keka. “Ela está sempre comigo nas minhas caminhadas, ela é a minha companheira”, conta.

sábado, 8 de maio de 2010

Expocom Sul seleciona dez trabalhos da Comunicação do IPA



O sucesso dos(as) alunos(as) dos cursos de Comunicação Social do Centro Universitário Metodista, do IPA, em mostras competitivas já não é mais nenhuma surpresa, mas a cada ano que passa mais e mais estudantes da instituição ganham projeção. Dessa vez 10 representantes foram selecionados(as) para a final do XI Expocom Sul, que acontece entre os dias 17 e 19 de maio, em Novo Hamburgo.


O evento é um concurso para estudantes de graduação que ocorre dentro do XI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul – Intercom Sul. O tema deste ano é “Comunicação, Cultura e Juventude”. Cada acadêmico(a) foi selecionado(a) em uma modalidade. Confira abaixo a lista dos trabalhos em cada categoria e os(as) alunos líderes.

Categoria Jornalismo
Agência Jr. de Jornalismo - informativo 'Pequena Casa da Criança' - Carlos Tiburski e estagiários voluntários, sob supervisão da Agência Experimental de Jornalismo (AJor).
Produção em jornalismo informativo - reportagem investigativa 'A mentira certificada' - Carlos Ismael Moreira.
Jornal mural-laboratório - 'Jornal Mural Universo IPA', série produzida por alunos do 1º semestre - Paula Pereira Barcellos.
Radiojornal - 'Radiojornal 2009.1' da turma de Radiojornalismo do 3º semestre - Vanessa Camargo Schneider.
Produção em jornalismo opinativo - artigo 'Luxo ou lixo?' produzido para a disciplina de Jornalismo Ambiental - Claudia Sobieski Costa.

Categoria Produção Editorial e Transdisciplinar
Website - 'Confraria Esportiva'- Stéphanie Mulder Perrone, estudante de Jornalismo.

Categoria Publicidade e Propaganda
Jingle
- “Jingle Curso De Publicidade do IPA” - Vinicius Ribeiro Rodrigues.
Anuncio Impresso - “Seda - Especialista em Brasilidade” - Claudia Machado.
Fotografia Publicitária - 'Campanha All Star' - Gabriele Silva Wobeto.
Outdoor - “Seda. Espalhe Por Aí” - Letícia Falcão.

Para o jornalista Carlos Ismael Moreira, formado no IPA no semestre passado, a seleção para a final do concurso é o reconhecimento da reportagem produzida em aula. “A aceitação no Expocom mostra que produzimos um trabalho de qualidade. O número de peças selecionadas reconhece o sucesso do projeto pedagógico do Jornalismo do IPA”, comenta.

Vencer o Expocom Sul da direito aos(às) estudantes de participarem da etapa nacional, que neste ano acontece em Caxias do Sul, de 2 a 6 de setembro.

domingo, 18 de abril de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um Olhar do Paraíso

Fui ontem ao cinema para ver o filme argentino que está concorrendo ao Oscar de melhor filme estrangeiro "O Segredo dos Seus olhos", de Juan José Campanella, conhecido pelo sucesso "O Filho da Noiva", mas não consegui, me atrasei. Para não perder a viagem fui assistir ao drama “Um Olhar do Paraíso” e concorrendo também ao Oscar de melhor ator coadjuvante.

Bom o filme é do cineasta neozelandês Peter Jackson (O Senhor dos Anéis) que adapta mais uma história para o cinema, desta vez, o livro Uma Vida Interrompida, de Alice Sebold.
A história da jovem Susie Salmon (Saoirse Ronan), uma garota de 14 anos, descobrindo a vida, apaixonada por um colega da escola, Ray, e seu grande interesse pela fotografia. Sua vida familiar é aparentemente feliz, dividindo o lar com seu pai, Jack (Mark Wahlberg), sua mãe, Abigail (Rachel Weisz), seus irmãos mais novos Lindsey (Rose McIver) e Buckley (Christian Thomas Ashdale), e eventuais visitas de sua avó descolada e muito bem no filme, e que pra mim podia ter ficado todo o tempo , Lynn (Susan Sarandon).

Susie inicia uma narrativa da sua curta vida e do seu brutal asssinato. A perda da menina é devastadora para a família. Cada um reagiu de uma forma diferente à sua morte. Jack, por exemplo, ajuda nas investigações levantando informações sobre todos os homens suspeitos da cidade. Mas o que ele não sabia é que o assassino estava bem perto dele e da sua família. Com todo o sofrimento da família e dela mesma por não poder estar mais com eles, para mim “espritualmente” falando, ela fica presa ao sofrimento da família, do ódio do seu assassino e todo o passado . Sendo assim, todos que conviviam com ela não conseguem seguir a vida “normalmente”.

Achei incrível a interpretação de Saoirse Ronan, linda e olhos grandes e azuis, como Susie Salmon. A atriz imprime uma alegria de viver e uma doçura tão marcante em sua personagem que é impossível não ficar sentido pela morte da garota. A fotografia é muito bacana remetendo aos anos 70 e principalmente quando Susie está no seu “Paraíso”. Mas muitas coisas poderiam ser diferentes e não tão viajantes. Muitas metáforas. Mas compreensível.

Na minha modesta opinião o o nojento e assassino da história não foi tão bom para ter sido indicado ao Oscar. A interpretação de Stanley Tucci, para mim não foi lá tudo isso. Claro, te dá um certo nojo da cara dele, mas não é tudo isso. Tucci teve momentos mais legais em filmes como Julie & Julia, O Diabo Veste Prada ou até O Terminal. E eu penso que o Peter Jackson não sabia o que fazer com ele no final da história, não vou contar o fim do filme, mas para mim poderia ter tido um outro final bem mais interessante ou até óbvio.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dos lampiões à eletricidade em Porto Alegre

Reproduzo aqui para vocês ,em primeira mão, a minha matéria que sai na edição de março na revista do CREA-RS.

Muitas pessoas que passam no Centro de Porto Alegre talvez nem saibam que , nos idos do século 19, a iluminação era feita por lampiões. E que , em alguma residências, isso era sinônimo de "status" , apesar da fuligem e da fedentina que esses pontos primitivos de luz exalavam na cidade.

No ano de 1830 havia uma preocupação em iluminar a Rua da Praia e outras vias importantes de da capital gaúcha. Assim, foram comprados, no Rio de Janeiro, 250 lampiões a óleo de baleia. Foram chumbados nas paredes das casas para espalharem uma luz pálida de um fumarento pavio. Os lampiões só podiam ser acesos ao anoitecer e por um encarregado da Câmara. Mas somente em dezembro de 1832 por solicitação dos cidadãos de Porto Alegre, a Presidência da Província manda estabelecer orçamento para a instalação e manutenção da iluminação pública. O óleo de baleia continuou a ser usado, mas a forma do lampião mudou, sendo que não há registros sobre a data do início da sua utilização. Na busca de melhor luminosidade, os postes tiveram sua altura aumentada. Esta e outras informações sobre a história da iluminação em Porto Alegre podem ser conferidas na exposição sensorial de percurso Viagem ao Centro da Luz, sediada no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo - CCCEV (veja abaixo dados adicionais sobre a exposição).

Segundo o historiador e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo, Gunter Axt, em 1854, o óleo de peixe, ou de baleia, foi substituído por um sistema que queimava um tipo de gás hidrogênio, obtido a partir da água ardente. “Adaptaram-se combustores de folha de flandres aos lampiões. As coisas melhoraram com a introdução do querosene, em 1864”, completa.


Luminária a óleo de baleia da década de 1830. Fonte: Mergs.


A chegada da Iluminação elétrica em Porto Alegre

De acordo com o historiador, um banquete em homenagem ao poderoso Senador liberal Gaspar Silveira Martins, realizado no salão do Clube Comercial no dia 12 de novembro de 1887 está na história dos porto-alegrenses pela inauguração festiva do serviço de iluminação elétrica. Porto Alegre foi a primeira capital brasileira a dispor de um serviço regular de fornecimento de energia elétrica.

Conforme a historiadora e funcionária do Museu de Eletricidade do Rio Grande do Sul (MERGS) Mariana Froner Bicca, em 1874 é inaugurada a Usina do Gasômetro, por força de um contrato assinado entre o Presidente da Província e a Companhia de Gaz São Pedro Brazil Limited. O local destinava-se a produção de gás para iluminação pública que abrangia o centro da cidade. Os arrabaldes continuaram a ser iluminados com lampiões a querosene. De acordo com a historiadora, no ano de 1887 instala-se em Porto Alegre a Companhia Fiat Lux, dedicada a exploração da eletricidade, que devido a sua pequena capacidade geradora – uma usina termelétrica de 160KW- kilowatts, seu uso se restringiu ao âmbito particular (casas comerciais e particulares). A empresa trabalhava com algumas peculiaridades. "O consumidor era chamado de assinante e lhe era fornecido todo o material, inclusive as lâmpadas. O fornecimento iniciava-se ao anoitecer e mantido até às 22h no inverno e à meia-noite, no verão"\, esclarece a historiadora.

De acordo com Gunter Axt, a partir de 31 de dezembro de 1906, os consumidores passaram a usufruir do fornecimento de luz por toda noite e os contadores foram instalados nos imóveis dos clientes em 1º de abril de 1908 . Ele explica que até então, cobrava-se de todos os usuários um preço fixo. Em 1908 inaugurou-se a Usina Municipal de Porto Alegre, uma iniciativa da prefeitura que era responsável pela iluminação pública, dando inicio a substituição do gás e do querosene pela energia elétrica. Entretanto, a iluminação no Centro da capital continuava a gás e nos arrabaldes, nos bairros, era a querosene. O surgimento de uma nova tecnologia de iluminação não acarretava no descarte das anteriores, logo a iluminação era de três formas: a gás, querosene e elétrica, afirma o historiador.

Em 1929 inaugura-se o primeiro luminoso elétrico publicitário da cidade de Porto Alegre, com a inscrição Força e Luz, o qual fora destaque na edição de 2 de maio daquele ano, do jornal A Federação. “O annuncio luminoso “Força e Luz”, inaugurado antehontem, é constituído por 969 lampadas de cores branco, verde e encarnado, as quaes accendem e apagam continuamente, pelo systema corrido. Foi elle confeccionado no Rio de Janeiro, pela firma Burren & Cia., com material exclusivamente nacional, inclusive as lampadas, que são da fabrica Edison Mazda”, conforme trecho da notícia veiculada à época”, (na exposição Viagem ao Centro da Luz há uma réplica do luminoso em questão, veja abaixo).

O prédio Força e Luz, que atualmente abriga o CCCEV e o MERGS, foi construído entre os anos de 1927 e 1929 pelo Engenheiro Adolfo Stern e recebeu a inscrição Força e Luz na fachada, em 1929. Nesse mesmo ano o prédio passou a abrigar a Companhia de Energia Elétrica Riograndense (CEERG), empresa de capital estadunidense, que recebeu a concessão dos serviços de energia elétrica na capital gaúcha. Na vitrine do prédio, eletrodomésticos eram expostos para estimular o consumo, principalmente entre as donas de casa. A CEERG estava ligada a Companhia Brasileira de Força Elétrica, instalada no Rio de Janeiro e pertencente à American & Foreign Power Co. (Amforp), do grupo da Eletric Bond & Share Corp. Da década de 70 até o ano de 1998, o prédio operava como agência de pagamentos de contas de luz e abrigava serviços administrativos da empresa, tendo retomado seu funcionamento após a reciclagem do edifício, em 2002.


Imagem original da antiga vitrine da CEERG Fonte: Mergs.

Segundo o Eng. Eletricista e professor e doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luiz Tiarajú dos Reis Loureiro, em 1943, a Comissão Estadual de Energia Elétrica (CEEE) foi criada para estudar novos aproveitamentos energéticos. A conversão de frequência de 50 para 60 Hz, ocorrida na década de 70, possibilitou a interligação do RS com o restante do país e o aproveitamento do regime de chuvas complementar entre as regiões Sul e sudeste. Conforme o professor, o desenvolvimento da indústria da energia elétrica no RS possibilitou maior qualidade para a população. “A energia elétrica contribuiu para o aumento da qualidade de vida, a fixação de agropecuaristas no campo e para surgimento de diversos ramos de indústrias de transformação no Estado”, explica.

Curiosidades
  • Acender os lampiões nas ruas era um trabalho tão demorado que, conta-se que, quando o encarregado terminava de acender o último lampião, já iniciava o desligamento dos primeiros, pois o dia já amanhecia.

  • O horário de verão passou a ser adotado após o racionamento de energia elétrica que ocorreu em 1986.
  • O racionamento de energia de 1968 foi realizado com cortes no fornecimento que deixavam extensas regiões do Estado no escuro.

  • Em 1937, foi colocada a chaminé na Usina do Gasômetro, depois de reclamações da população contra a fuligem e cinzas lançadas pela Usina. Em 1974 ela foi desativada e em 1983 o prédio foi tombado pelo patrimônio histórico.

  • No Calçadão da Rua da Praia, em 1970, foram instaladas várias luminárias decorativas. Elas foram o reflexo da “onda de modernidade” que tomou conta do Brasil naquela época. Hoje, podemos ver que a iluminação é feita por postes de 10 metros e lâmpadas a mercúrio ou sódio, bem diferente do que era antigamente.

Exposição no CCCEV

A exposição sensorial de percurso Viagem ao Centro da Luz, é realizada pelo Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV) e Museu de Eletricidade do Rio Grande do Sul (MERGS) e tem patrocínio do Grupo CEEE. Mostra a história da iluminação e outras curiosidades do bairro mais antigo de POA, o Centro Histórico, tais como a primeira sala de cinema com programação fixa da cidade, o Cine Recreio Ideal, de propriedade do advogado Francisco Damasceno Ferreira (1875-1953), o saudoso Clube dos Caçadores, a Companhia de Energia Elétrica Riograndense e o Mercado Público.

Com duração de 30 minutos, cada itinerário monitorado ocorre em intervalos de 45 minutos e comporta um grupo de até 12 visitantes. O público excedente deve retirar senhas no local para acompanhar o próximo contingente da visita guiada. A exposição fica no CCCEV até maio deste ano. O horário de visitação é de terça a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 18h. Mais informações no telefone (51) 3226-7974, nos e-mails museu@ceee.com.br e cultural@ceee.com.br no site www.cccev.com.br e no blog http://cccev.blogspot.com.


Quem quiser conferir: www.crea-rs.org.br

Por Vanessa Schneider